segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Medo que dá medo do medo que dá

Ois! Voltei! 
Até que foi rápido! Me animei com os comentários aqui e no feici! 
=)
Valeu pelo incentivo, pessoas! Muito obrigada mesmo!

Então, hoje eu resolvi falar de outra coisa que não o meu cabelo (mas, se você estiver se perguntando... sim, estou com as madeixas renovadas, pelo menos até o Carnaval, kkkkkkk! Meu cabelo continua aqui na minha cabeça, para a minha felicidade!).

Tem um sentimento que tem me rondado nos últimos tempos com uma força um pouco maior do que antes - o medo. Bom, é natural uma pessoa sentir medo. Se você não tem medo de nada, procura um psicólogo aí porque isso não é legal, rs! Medo de qualquer coisa, vai! Medo de altura, medo de avião, medo de aranha, medo de fantasma... 

O título do post faz parte de uma música do Lenine, não sei se todos conhecem. Eu acho que cai como uma luva para todos. A letra é sensacional. É muito grande, então quem não a conhece pode dar uma lida aqui: http://letras.mus.br/lenine/779454/

Eu sempre fui muito medrosa. Mas é o que eu disse, todo mundo tem medo de alguma coisa. O problema é que o meu medo me deixa paralisada. O meu medo me deixa com medo de mudar! Ao mesmo tempo, eu fico angustiada por estar assim. E isso me deixa com raiva! E quando eu tenho raiva (de algo ou alguém) eu choro. Pronto - o medo aumentou, a angústia/ansiedade também, e eu danei-me a chorar! E comecei a perder a luz no fim do túnel, comecei a ficar com medo (olha ele aí de novo) de me perder numa escuridão sem fim. Eu não sou assim, ora bolas!

Basicamente por conta do medo, eu comecei a fazer terapia na última sexta-feira do ano. Não foi resolução de ano novo (bom, não deixa de ser...), foi questão de sanidade mental mesmo. Meu marido há tempos insistia comigo que eu deveria fazer (não, ele não faz, mas vive dizendo que quer muito fazer. Vai entender...). Amigos que já fazem sempre me disseram que é algo muito bom, positivo. Eu sempre tive pé atrás - pagar uma pessoa que eu não conheço (pelo menos logo de cara) pra ficar me escutando, dando uns pitacos ali e acolá, olhando pra minha cara. "Sei não, coisa estranha esse negócio de terapia". 

Mas aí no segundo semestre de 2012 eu comecei a ficar meio surtadinha além da conta. Muita coisa passando pela minha cabeça, algumas outras coisas acontecendo na vida, e eu começando a cair... cair... cair... Pensamentos dos mais diversos na minha mente. Saí de férias (não viajei, o que não recomendo a ninguém - se vai tirar férias, saia de casa, porfa!) e quando voltei estava emocionalmente esgotada. Estava querendo entregar os pontos. E estava com mais medo. Medo do que eu estava vivenciando, medo do ano que estava por vir, medo das decisões que eu deveria tomar para contornar a situação... Uma angústia profunda, uma coisa presa no meu esôfago (exato, não é no estômago, é mais acima a minha "coisa presa"), a mente inquieta. Eu não estava normal (dentro dos índices de normalidade possível/aceitável para a nossa humanidade insana).

Bom, meu marido me mandou procurar uma ajuda profissional. Fui. Finalmente. Antes do psicólogo, fui a uma psiquiatra (era o que tínhamos para o momento). E depois que eu fui vi que muitas pessoas que eu conheço já tinham ido também. Foi bom saber disso, me achei um pouco menos doida, hehehe! Ou uma "doida-normal", por assim dizer (neste caso, obviamente eu não estava dentro dos índices de normalidade possível/aceitável para a nossa humanidade insana, mas a situação me parecia menos inaceitável. Complexo?).

O ano ainda está no começo. Meu tratamento ainda está no começo. Mas o importante é ter começado. E admitir que o meu medo me deixa estaganada já é um passo para eu tentar sair da estagnação. E eu vou precisar mudar algumas coisas pra poder recuperar parte da sanidade (sanidade total não existe, fato!). O que mais tem me atormentado nos últimos tempos é o meu trabalho. Alguma coisa por lá também vai ter que mudar, não vai ter jeito. Digo "por lá" porque "sair de lá" não é uma opção. Não no curto prazo (o "sair de lá" talvez resolvesse uma parte dos meus problemas, mas possivelmente me traria novos problemas - não quero esse tipo de novidade por enquanto).

Outra coisa que eu tenho tentado trabalhar é o "deixa pra lá" (ou o bom e velho "foda-se" - não se ofendam, kkkkkkkk!). Isso é difícil... muito difícil! É um mantra para a vida! E é fácil falar "toca o foda-se", mas praticá-lo, mermão, é punk! É um exercício cotidiano, diário, horário, "minutário", kkkk! Meu marido sofre com isso, porque eu não costumo praticar esse mantra com ele. Dizem que eu sou "braba", por conta disso... Tá, aprender isso não tem relação com o medo. Mas eu me lembrei desse aspecto muito importante da nossa vida e quis compartilhar também, kkkkkk!


É isso. Desabafei! =)
Contei um pouco de mim. 

De repente no próximo posto eu volto pra um assunto leve de novo (quem sabe um esmalte, se eu me animar a fazer as unhas pela primeira vez em 2013...). Ou não. Vai saber?

11 comentários:

  1. Hahahahahhaa... Estou aqui, eu a medrosa tb para te dar apoio moral... Depois da minha depressão acompanhada da síndrome do pânico descobri q ser normal não é tão normal assim. Bem vinda ao clube das pessoas que fazem terapia. bjs Gege. :)

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    1. Somos todas tresloucadas!
      Uhuuuuuu!
      Um viva às mulheres insanas e psicóticas!
      kkkkkkkkkkk!
      =)

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  2. Gege, sabe que acho que todos nessa nossa idade passam/passaram ou vao passar por algo assim. To na mesma situacao que vc qto ao trabalho, qto as decisoes pra esse ano tao novinho...é bola pra frente, e a producao anual de chocolate que nos aguente!
    bjs
    Paulinha

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    1. Dudu já me ajudou com o estoque de Lollo!
      Acho que ele prefere que eu desconte no Lollo, e não nele, huahuahuahua!

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  3. Do caralho ter coragem de expor isso.. Já mostra que o medo pode ser combatido... Tem que estar presente, mas não pode te dominar... O que posso te falar que lá em casa, o mais NORMAL baba na gravata... Então, tamo junto!!! Tenho medo de pouca coisa, faço escalada, ando de moto a 300 km/h, como em qualquer lugar de restaurante caro a barraca fechada pela vigilancia sanitária (OU ZOONOSES, rsrss)... Mas me cago de artropodes, acho que o bicho mai me morder, arrancar meu sangue e me matar... sei lá.. é irracional.. Então... Sei bem o que é o medo te paralizar... Enquanto não tiver medo de compartilhar essas coisas, vai estar na frente da guerra. Te admiro por se expor e buscar ajudar outros... Parabéns... #OsLoucosPira

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    1. Valeu, Brenão!
      Tb acho que foi um grande passo pra mim esse compartilhamento de sentimentos (#soubrega)!
      Sabe outra coisa que eu morro de medo? LAGARTIXAS! É... já tive pesadelos com elas! Ainda bem que elas não me visitam no meu apartamento. Isso ficou no passado em que eu morava em casa, kkkkkkkk!

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  4. Pois é Gegê, todos nós temos algum (ou vários) medo na vida, só não podemos sucumbir a ele e deixar nossa vida pendente...Então se ele está dominando,nos fazendo sofrer além do que seria normal, o certo mesmo é procurar ajuda.Ah, e o foda-se , também estou aprendendo a usar, ele é libertador se usado no momento certo!

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    1. Tb acho libertador... mas tem horas em que eu fico angustiada e não uso o foda-se, hehehe! Mas é um aprendizado...
      =)

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  5. Oi Gegê =) Que legal seu texto!! Essa iniciativa de fazer um Blog é algo muito positivo, ao meu ver. Eu já estive numa situação semelhante. Foi na época de término do bacharelado e de outras coisinhas também. Estava sem emprego, sem alguém ao meu lado, sem perspectivas e ainda tendo de terminar a licenciatura :o Uma situação terríííível!!! kkkkkkkk Estava ancioso, angustiado, pirando... O medo dominava meus dias... Era algo horrível... Eu fiquei muito mal mesmo, sabe... Depois que fiquei três dias sem dormir, em uma agonia interminável, minha mãe e irmã resolveram tomar uma atitude. Me levaram a uma psiquiatra... E, na época, foi a melhor coisa que poderiam ter feito para me ajudar. Os remédios me ajudaram muito. E logo eu, que não adimitia usar um simples dorflex se quer... A psiquiatra indicou que fizesse terapia também. Acho indispensável ter essa pessoa!!! O(a) piscicólogo(a) é um(a) profissional, tem mais experiência e é imparcial quanto a analisar ou dar alguma dica. Já ouvi muito: "Eu tenho amigos, porque iria a um pisicólogo" ou "Isso é coisa de doido", entre outras. Pois é... Tem gente que realmente não precisa, ou pelo menos pensa que não. Enfim... Depois de um tempo, fui melhorando. Terminei a licenciatura o/ voltei a estudar, a fazer concursos... Até namorei por um tempo =) Parei de tomar os remédios, mas continuei fazendo terapia. Até que fui melhorando mais e mais... Recuperei minha confiança, autoestima e consegui passar em um bom concurso, o qual trabalho faz 6 anos =) Se deixei a terapia nesses doze anos??? Não! Continuo fazendo =) E continua sendo muito bom pra mim. Agora vou lá uma vez por mês. E sempre tenho uma boa dica e/ou me sinto melhor, com mais disposição pra encarar os desafios... Talvez um dia tenha "alta", mas guardarei o telefone pra qualquer emergência, com certeza. É isso... Ninguém veio a esse mundo para sofrer, perder para o próprio medo ou algo parecido. E isso, as vezes, é muito forte... É incrível como o que não existe pode nos dominar... E nos deixar sem reação... Se não estamos conseguindo sozinhos, precisamos pedir ajuda sim. Graças a Deus, minha família linda e meus amigos lindos eu estou muuuuito melhor. E, claro, me sinto vitorioso também. E pronto para conquistar muito mais. Parabéns Gegê, por você querer mudar essa situação. E estamos aí pra te ajudar. =)

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    1. Tipo Dani, falou bonito demais!
      É muito bom poder contar com amigos como todos que eu tenho (inclusive vc, kkkkkk!)! Que são, acima de tudo, compreensíveis. Que nos apóiam na vida e percebem quando a gente precisa de atenção, não é?

      Obrigada a todos os meus amigos, por estarem ao meu lado, por perdoarem os meus erros e compatilhar todos os bons e maus momentos. E obrigada por virem aqui, ler as minhas viagens e me dar o suporte que dão!

      Amo todos vocês!

      =)

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    2. =) Foi mal meus erros de português kkkkkk

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